Os meus desabafos

Relatos de uma tonta

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Friday, November 10, 2006

Greve do silêncio



Silêncio…
Isto é normal?
Estamos em greve!!!
Isto mais parece a greve do silêncio e do passeio do que uma greve para reivindicar o que quer que seja!
E depois queixam-se que são uns coitadinhos, que são os pobres da Europa, etc.
DAAAHHH!!!
Os outros quando fazem greve ouve-se barulho aos montões.
Simplesmente eles não faltam ao trabalho com a desculpa de querer alguma coisa.
Eles faltam mas andam nas ruas a EXIGIR (pus em letra grande para quem tem problemas de visão) aquilo a que têm direito.
Aparentemente em Portugal estão pouco marimbando para isso.
Marcam as greves de propósito perto do fim-de-semana para poderem ir gozá-la para os cafés.
E depois, coitados, queixam-se que vêm os estrangeiros que lhes roubam os trabalhos.
Eles não fazem greve, submetem-se a tudo.
Isso acho mal.
Mas se for a ver o lado dos patrões…

Thursday, November 02, 2006

Para lá da luz



Quando a democracia ainda traz a breve memória da luta batalhada a vontade de ser justo vence a vontade do dinheiro.
Mas os anos passam e o idealismo é esbatido pela corrupção persistente.
Onde pára a memória dos anos após o tão nosso 25 de Abril?
Onde nos perdemos e voltamos ao nosso passado detestável?
Porquê?
Porquê não evoluímos?
Não me levem a mal, pois não pretendo ofender ninguém.
Mas repararam que, após a morte de Sá Carneiro e o começo da carreira como ‘Grande Líder’ do Mário Soares a nossa vida andou para trás?
Mas ele tem uma personalidade tão chamativa, tão brilhante que nunca nos apercebemos de tal.
Não sei exactamente o que o Cavaco Silva fez ou não fez nos seus tempos de Primeiro-Ministro e antes disso, pois era demasiado nova para ter interesse nisso ou sequer perceber.
Mas pelo que ouvi dizer parece que cada vez que ele tentava fazer alguma obra ou a fazia mesmo o ‘grande líder’ aparecia, fartava-se de criticar e o ‘grande público’ atirava pedras ao primeiro e batia palmas o segundo.
Eu lembro-me que quando o Mário Soares saiu da política tinha atingido o seu zénite, enquanto que quando Cavaco Silva decidiu se afastar mal se deu por isso.
E agora, passados uns anos, abriu-se os olhos e viu-se que talvez a governação dele (Mário Soares) não tenha sido assim tão boa.
E começou-se a entender as atitudes de Cavaco Silva, que sempre se manteve mais discreto nas suas atitudes.
Eu não tenho partido político nem nunca tive.
Eu voto por pessoas, pela sua atitude, as suas competências.
Também não me interessa a sua vida pessoal, apenas a profissional.
Aliás, não é o partido que faz o candidato; o candidato vale por si só.
Continuando, ir por idealismo de partidos é um erro.
O ser humano tem tendência a evoluir (por vontade) ou a retroceder (forçado).
Mas muda sempre.
Como tal o idealismo não interessa, interessa é ver a atitude da pessoa.
Por isso eu falei nos casos anteriores.
Mário Soares pode ter trazido a chama da liberdade.
Mas isso não quer dizer que ele não tenha mudado ao 'esbarrar' com o muro da corrupção...

Monday, October 16, 2006

Ser escritor


Ser escritor é viver ao ritmo do coração, do mesmo modo que um pescador vive ao ritmo das marés.
É mais forte que a nossa vontade: vem, marca presença e não nos larga enquanto não fazemos os seus desejos.
Se faltamos ás suas vontades perdemos um pouco da nossa alma.
Essa parte perdida é consumida pelo veneno da falta de sentimento e nos consome de tal modo que nos sentimos perdidos perante este cenário de inconsciência insana.
Nesses momentos necessitamos de renascer, de buscar a nossa força em paragens distantes, se necessário: tudo o que nos faça voltar aos sentimentos do passado, integrado no presente, olhando para o futuro.
O escritor de corpo e alma só se casa com o seu trabalho, os seus filhos são as obras que escreve e cada sentimento que sente é descrito de forma intensa nas linhas que escreve.
Ser escritor é isto: ser levado pelo vento da manhã para lugares distantes e voltar pela madrugada ao consciente presente.

Direito ao voto – Direito á resposta


A nós que nos deram o direito incontestável de votar, porque nos negamos a tal acto?
Só aqueles cuja memória conserva as visões perturbantes do passado ou quem teve algum familiar/conhecido ligado de alguma forma a algum acontecimento violento fazem questão de manifestar o seu ponto de vista nas mesas de voto.
Ou então quem tem conceitos de democracia mais avançados e um espírito idealista.
Porque não usamos o nosso direito correctamente?
Desse modo já não teríamos razões para nos queixar.
Ao menos poderíamos dizer com orgulho:

- Eu votei neste candidato porque ele nos prometeu que a nossa vida ia melhorar. Mas, em vez disso, piorou.
Como tal, tendo ele falhado nas funções que nos garantiu tendo todo o direito de me manifestar o meu desagrado e de exigir ou a sua demissão ou o cumprimento das suas promessas em falta.

Ao menos teríamos razões concretas e validáveis para nos manifestar.
Agora isto de fazer-mos greves e protestos, mandar-mos uns gritinhos que mais parecem o berro de uma criança com falta de carinho (tal não é a falta de força de voz que têm estas pessoas) não nos vais ajudar em nada.
Não sei se será apenas do povo português ou se existe mais algum povo á face da Terra com este tipo de temperamento nas manifestações.
Em França, cada vez que há uma manifestação está para começar uma guerra civil.
O mesmo se passa em Espanha (aquele vizinho invejado). Quem não se lembra das manifestações dos camionistas espanhóis?
Só em Portugal vivemos nesta agonia de descrença, inveja e falta de vontade.
Quando é que ergueremos os olhos para o céu e veremos o nosso país lá no alto?
Quando é que despertaremos deste sono vadio e veremos as nossas verdadeiras forças, as nossas verdadeiras capacidades?
Quando é que veremos as qualidades do nosso país do mesmo modo que os emigrantes e os investidores o vêem?
Quando aprenderemos que manifestarmo-nos de forma fraca contra as decisões injustas das empresas e fábricas não nos levaram a lado nenhum, pelo contrário, tirar-nos-ão o emprego?
Se querem fazer greve, então façam-na á séria!!!
A greve não serve para ir passear, serve para lutar pelos nossos direitos!!!
A greve é uma forma de luta, de guerra!
Se vocês fossem para a guerra e se deparassem com o inimigo a apontar-vos uma arma à cabeça a uma distância considerável, isso deter-vos-ia ou dar-vos-ia forças para, pelo menos, disparar de maneira certeira?
Eu sei o que faria...

Tuesday, October 10, 2006

Definição da vida e da morte



A morte é um destino cruel, imparável.
É um caminho imperdoável e insuperável.
Mas antes que ela nos alcance temos o dever de deixar a nossa marca.
Amar quem nos ama, respeitar quem nos respeita.
Nunca odiar ou seremos duplamente odiados.
Devemos sempre fazer o bem, manter a paz.
Porém, por vezes, tal não é possível.
Mas, mesmo assim, deveremos tentar fazer o melhor para que a paz e a alegria renasçam.
O que pode vir depois não importa, tudo o resto é ar, é o vento que vem e que passa.
Se honramos quem nos honra seremos lembrados para todo o sempre.
Se falhamos uma única vez e não nos desculpamos o nosso nome será retirado das páginas de história, não sendo recordado com bondade nem por quem nos sucede.

Monday, October 09, 2006

Casar ou juntar? Já fiz a minha escolha!


Porque nos incitam desde pequenos a casar, como se fosse uma obrigação?
Vivemos uma tão doce liberdade, porque insistem em nos prender?
Porque, falando figuramente, o casamento é como a roupa.

Sigam o meu raciocínio:

Toda a nossa vida estivemos nus, mas nunca nos sentimos mal com isso. Sentíamos o vento a bater no nosso corpo e a chuva a gelar-nos, mas nunca adoecemos.
Até que um dia vemos pela primeira vez uma peça de roupa:
um casaco.









Vestimo-lo, sentimo-nos bem com ele.
Assim se passa muito tempo, até que começamos a encontrar mais peças de roupa. E mais. E mais.
Até que estamos completamente vestidos.









Sentimo-nos bem, pela primeira vez sentimo-nos quentes.
Antes, para estarmos quentes, tinhamos de trabalhar bastante.
Passam-se anos e a roupa começa a romper-se.
Voltamos a sentir o frio de outrora.
Mas, desta vez, adoecemos.
Lá nos tentamos remediar e a doença passa.
Os anos passam e a roupa tem cada vez mais buracos.
E a doença volta também, cada vez mais difícil de curar.
Até ao dia em que a roupa não passa de um trapo e a doença já não é curável.
Assim é um casamento, ao fim de vários anos de convivência decretada pela sociedade em que vivemos (o que é certo aos olhos dos outros).


Agora vamos ver esta história de outra forma.

Sempre vivemos nus, até ao dia em que encontramos uma peça de roupa:
um casaco.
Vestimo-lo, sentimo-nos bem.
Mas está um dia de calor, não temos necessidade de andar com ele.
Por isso guardamos o casaco.
Nesse mesmo dia faz frio.
Voltamos para trás, para irmos buscar esse casaco. Mas quando chegamos lá já está calor outra vez.
Pelo sim, pelo não levamo-lo connosco.
Não volta a fazer frio no resto do dia mas não voltamos atrás para o guardar.
Mais tarde encontramos mais peças de roupa.
Vestimo-las, mas sentimo-nos demasiado quentes.
Mas em vez de as deixarmos ali levamo-las connosco.
Quando vêm os dias mais frios vestimos essa roupa.
Mas quando faz calor andamos nus. Embora andemos sempre com o casaco atrás, para o caso de fazer frio.
Encontramos mais peças de roupa, de outros géneros e outras cores.
Mas não temos necessidades delas, já temos o necessário.
Com a primeira roupa que encontramos já não passaremos frio.


Assim eu vejo uma relação.
Não é necessário se casar, mesmo que tenhamos encontrado a pessoa ideal.
Basta-nos ser sempre leal e verdadeiro para com essa pessoa.
E essa relação poderá durar mais do que se pensava.

Thursday, September 28, 2006

Viajar, um difícil prazer

Ah, férias.

Existe algo melhor do que isso?

Sim, viajar para outro país, desfrutar de uma nova cultura em todo o seu esplendor: provar a sua comida, ver os monumentos e muito mais.

Isso é o que supostamente acontece. O que na verdade acontece é outra história.


Os monumentos

Para ter o prazer de ver os antigos monumentos e imaginar como as pessoas viviam antigamente temos de esperar horas e horas numa fila cheirando o suor das outras pessoas. E várias vezes temos de lhes suportar o mau humor e a falta de boas maneiras (quando nos empurram e, ainda por cima, olham para nós como se eles é que tivessem sido empurrados).

Depois temos de ouvir um guia sempre sorridente. Nunca se perguntaram como essa pessoa será num dia mau?

Imaginemos ela a discutir com um dos turistas. Ele chama-lhe o pior nome que existe à face da Terra. Que será que ela faz? será que continua a sorrir?

É impressão minha ou vocês já se depararam com algum guia com alguma (bastante notória) falta de inteligência?

Mas também há aqueles que se nota que estão na profissão errada. São antipáticos e mostram uma cara de quem tem mais vontade de se ir embora do que os visitantes. Quando lhes perguntamos algo parece que o esforço de responder é enorme. E pior ainda é o tom de voz em que a resposta vem.

Se bem que, na maior parte das vezes, são os próprios turistas que parecem ter esquecido do cérebro em casa.

É claro que existem excepções. E sortudos aqueles que as encontrarem!!!


Alimentação

Quando vamos para outro país é óbvio que não esperamos encontrar restaurantes onde nos sirvam comida preparada da mesma maneira que a nossa mãe a faz.

Algumas vezes já provamos a comida no nosso país de origem, naqueles restaurantes especializados em comida de paragens longínquas.

O que é estranho é que essa comida nos sabe bem no nosso país. Mas quando vamos ao país de origem desse prato e o pedimos o sabor é estranho e nem conseguimos passar das primeiras duas garfadas. A comida é de tal forma intragável que somos forçados a pagar a conta sem comer mais nada.

Mas não é só!!!

Também as bebidas têm um sabor esquisito, incluindo a água (o que é estranho, visto que esta não deveria ter sabor).

Lá somos forçados a ir às cadeias de comida fast food.

Antes entalar-me em comida cheia de gorduras, arriscar-me a ter um ataque cardíaco aos 40 e sofrer mais tarde de excesso de peso mas que sabe bem do que comer comida com um sabor insuportável e, desconfio, com ingredientes algo venenosos para os turistas.

Sei lá, há tanto para dizer.

Se algum de vocês tiver alguma opinião a dar sobre este tema (seja melhor ou pior) ou algo a acrescentar esteja á vontade.